Quem sou eu.

Quem sou eu. Sou o que sou, sou tudo aquilo que me representa.
Porque ser só não convém a ninguém.
Sol e Lua se sentem sozinhos também.
Posso ser o talento daqueles que inventam.
Sou a arma que dispara, sou a justiça que não falha.
Sou o sol que invade e a chuva que não para.
Quem sou eu. Eu sou o que sou também sou quem sou.
Sou certo, sou errado.
Não posso questionar isso nem aquilo, sou indeciso.
Sou quente, sou frio.
Sou assim, sou assado.
Quem sou eu. Sou quem sou, sou tudo aquilo que já fiz ou um dia vou fazer.
Se sou assim como eu sou, quem será que vou ser, caso eu queira ser assim... Parecido com você?
Sou cheio, sou vazio, quando estou de saco cheio talvez eu apenas me sinta vazio.
Sou o mar, sou o rio.
Sou leve, sou pesado.
Estou longe, alto, distante.
Sou o inimaginável,inesgotável.
Sou começo, meio e fim, posso dar um fim a uma história sem fim ou começar outra assim.
Quem sou eu. Sou o que sou, sou a união de todos os pedaços de mim espalhados por aí.
Sou raiz, caule e fruto.
Sou o amargo do chocolate, o picante da pimenta.
Sou nota musical, serenata, entrega de cartas ou de rosas.
Sou paixão jovial, recheada de promessas.
Sou amor de verdade, amor de mãe, pai e irmão.
Sou o amor não correspondido, assim sou só.
Sou a lágrima que nunca seca.
Sou a tristeza no coração, sou o sorriso de felicidade, o sorriso de gratidão.
Sou a decepção, sou a inspiração.
Sou remédio, sou veneno correndo nas veias.
Sou a solução que você procura.
Sou perfeito pela minha imperfeição, o que são as pessoas sem defeitos?
Quem sou eu. Sou diferente do que você imagina.
Eu sei ser bom como ninguém, mas se precisar ser rude, eu sei ser também.
Sou a exceção, o exagero, a exatidão.
Sou o sucesso depois do fracasso.
Sou seu medo, seu suor frio.
Sou seu desejo, seu arrepio.
Sou fogo que arde,
Sou inconstante, uma metamorfose ambulante.
Sou a saudade que bateu na sua porta.
Sou a brisa, a onda, um trovão.
Sou destaque, debate, problema e solução, o lado positivo e o lado negativo.
Sou verdade, um pedido de perdão.
Sou as palavras que me sufocam, sou meu próprio labirinto.
Sou um sonâmbulo. Aprendiz de poeta, de amigo, de humano.
Sou raso, sou profundo.
Sou a beleza nos olhos de quem vê a “feiúra” dos inseguros.
Sou testemunha de um mundo injusto, sou a esperança de um olhar infantil.
Sou diferente, sou estranho, sou maluco.
Sou pensante, um idiota, um errante, mas não sou de me arrepender.
Sou a felicidade do pai quando vê o filho nascer e a alegria do filho quando escuta “eu amo você”
Sou suor do trabalhador, do jogador, dos amantes, sou suor frio, sou arrepio.
Sou tudo que você possa achar, mas posso ser totalmente diferente.
Fui um feto, isso é fato.
Se sou tudo aquilo, que minha imaginação pode alcançar, eu consigo também ser apático, indiferente, ser um nada, mas ser assim é tão sem graça!
Posso ser como você me vê e mesmo que você não se esforce pra saber. Não sei realmente quem eu sou, prefiro não arriscar, não vir com uma certeza se é a duvida que eu tenho na cabeça, não adianta procurar explicação, usar meras palavras, impor uma definição, não quero me limitar à tão pouco.